Receber o diagnóstico de uma doença crônica nunca é fácil. Em se tratando da infecção pelo HIV o desafio é ainda maior. Isso porque, infelizmente a sociedade parece que parou na década de 80. Cientificamente não faz o menor sentido visto os avanços significativos dos tratamentos que dispomos nos dias atuais.

Na década de 80 não havia tratamento para o HIV e isso causava danos irreversíveis nas saúdes física e mental dos pacientes. Na década de 90, o AZT(Zidovudina) chegou para nos dar um pouco de esperança, tanto para os médicos quanto para os pacientes. Logo após surgiram novos medicamentos antirretrovirais, entretanto nenhum desses eram fáceis de serem tomados, eram em quantidades enormes e com muitíssimos efeitos colaterais que podiam estigmatizar ainda mais essa população.

Hoje em dia o tratamento é muito eficaz, há medicamentos para retirada exclusivamente pelo SUS, nenhum ou pouquíssimos efeitos colaterais e isso tudo faz com que o paciente tenha uma vida saudável – a maioria dos pacientes se cuidam tão bem juntamente com seus médicos(as) que arriscamos dizer que este cuidado em conjunto muitas vezes é melhor do que de pessoas negativas para o HIV, que se auto-intitulam saudáveis porém raramente vão ao médico(a).

Cazuza, gênio da música popular brasileira nos deixou e já nos avisava com sua eternizada canção: “O tempo não para”.

A Ciência avançou, PVHIV indetectáveis há mais de 6 meses não transmitem sob nenhuma forma sexual. Entretanto, parece que a sociedade parou no tempo pautada em preconceito e desinformação sobre este assunto.

A luta contra o preconceito ainda é necessária e jamais desistiremos dessa desconstrução.

Vamos evoluir junto com a ciência? O tempo não para!

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